50 minutos. Livre.

Vídeo completo: https://youtu.be/z_umu1Bfb9g

Das danças que me dançam uma ação de sustentar no espaço as insurgências, de um corpo periférico pela cidade. Dançares teimosos e embaçados, na cidade calor, cheia de ilhas. Nós temos as danças, as bicicletas, os pés quentes, garradas d'águas, os passinhos para chegar. 

Trata-se de uma imersão com/pela encruza de fazeres, saberes e dançares periféricos. Antes de tudo e muito importante ressaltar: aqui é um exercício de aproximação e consideração de feituras e dançares em/com/pela corpo/a que trama com as oralidanças e oralidade. A oralidade aqui é exercitada como saber científico, tecnológico e ancestral, como acrescenta Giselda Perê (artista, educadora e pesquisadora). A intenção com o trabalho "É sal ou é cena?" é a partilha de uma produção de escritas afiadas/afetivas, de composição de movimentos(dançares periféricos), numa relação com alguns objetos simbólicos (raia, bicicleta, caixa de som, chinelo, terra, água). É a partilha de modos de fazer e criar que desobedecem a modos de compor hegemônicos. É um trabalho voltado para os pés no chão, considerando a força do quadril, para aproximar cada vez mais do topo de nossa cabeça, onde um movimento de dança Reggae encosta em um movimento de dança Funk, assim como um passinho com o Hip Hop Dance. A ginga da capoeira com o maracatu. Um estudo sobre a duração e qualidade de movimento. Aqui se dança a partir da intenção (corporeidade) encontrando outros dançares.